Coledocolitíase: Como os cálculos afetam os ductos biliares
Guilherme Namur • 4 de agosto de 2025

A coledocolitíase, comumente conhecida como a presença de cálculos no ducto biliar comum, é uma condição médica que ocorre quando pedras formadas na vesícula biliar migram para os ductos, causando obstrução e inflamação.


Este artigo detalha como esses cálculos afetam os ductos biliares.
Continue lendo para entender mais sobre esta condição e seus possíveis impactos na saúde.


O que é coledolitíase?


A coledocolitíase é uma condição médica que se desenvolve quando cálculos biliares, formados originalmente na
vesícula biliar, deslocam-se para os ductos biliares, causando obstrução e uma série de complicações potenciais.


Esses cálculos são pequenas massas sólidas compostas de colesterol ou pigmento bilirrubina que, quando presos nos ductos biliares, perturbam significativamente o sistema digestivo.


Impacto dos cálculos nos ductos biliares


Quando um cálculo biliar se aloja no ducto biliar comum, o principal canal por onde a bile flui do fígado e da vesícula biliar para o intestino delgado,
ele bloqueia o fluxo da bile.


Esta obstrução resulta em um
aumento da pressão nos ductos biliares e no fígado, podendo causar dor intensa e outros sintomas como icterícia, que é o amarelamento da pele e dos olhos.


A bile acumulada
pode também levar à inflamação dos ductos, conhecida como colangite, e, se não tratada, pode progredir para uma infecção grave.


Sintomas associados


Os sintomas mais comuns da coledocolitíase incluem
dor no quadrante superior direito do abdome, que pode ser aguda e constante. Esta dor pode irradiar para a região das costas ou para o ombro direito.


Além da dor, a obstrução dos ductos biliares frequentemente resulta em
náuseas e vômitos, especialmente se a condição provocar colangite ou pancreatite aguda.


Diagnóstico e tratamento


O diagnóstico da coledocolitíase muitas vezes envolve
ultrassonografia, que pode detectar cálculos na vesícula biliar e nos ductos biliares. Métodos mais específicos, como a Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (CPRE), são utilizados para visualizar os ductos biliares e podem ajudar na remoção dos cálculos durante o procedimento.


O tratamento pode variar de
manejo conservador com medicamentos para aliviar a dor e tratar infecções até intervenções cirúrgicas, como a remoção da vesícula biliar ou a extração endoscópica dos cálculos, dependendo da gravidade e da resposta do paciente ao tratamento conservador.


Prevenção


A prevenção da formação de cálculos biliares, e consequentemente da coledocolitíase, pode ser favorecida por uma alimentação equilibrada, rica em fibras e com moderação no consumo de gorduras saturadas. Manter um peso corporal saudável e adotar hábitos de vida ativos também contribuem para a saúde biliar.


Em pacientes que apresentam cálculos biliares com sintomas, a colecistectomia — cirurgia para remoção da vesícula biliar — é frequentemente indicada como medida preventiva para evitar complicações como a coledocolitíase e episódios recorrentes de dor ou inflamação.


Restou alguma dúvida?


  • O que é coledocolitíase?

    A coledocolitíase é a presença de cálculos biliares no ducto biliar comum, o canal que transporta a bile do fígado e da vesícula biliar para o intestino delgado. Esses cálculos podem obstruir o fluxo de bile e causar dor e outros sintomas.


  • O que causa coledocolitíase?

    A coledocolitíase é causada principalmente pela migração de cálculos biliares da vesícula biliar para os ductos biliares. Outros fatores incluem predisposição genética, dietas ricas em gordura e certas condições hepáticas.


  • Quais são os sintomas da coledocolitíase?

    Os sintomas incluem dor intensa no abdome superior direito, icterícia (amarelamento da pele e olhos), náuseas, vômitos e, em casos graves, febre se houver infecção associada, como colangite.


  • Qual o melhor exame para detectar coledocolitíase?

    A CPRE (Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica) e a Colangioressonância são os exames mais eficazes para detectar e avaliar a presença de cálculos nos ductos biliares.


  • Qual o tratamento para coledocolitíase?

    O tratamento mais comum é a remoção dos cálculos através de CPRE (Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica). Em casos recorrentes, pode ser recomendada a remoção da vesícula biliar.


  • Qual a diferença entre colelitíase e coledocolitíase?

    A colelitíase refere-se à presença de cálculos na vesícula biliar, enquanto a coledocolitíase ocorre quando esses cálculos migram para os ductos biliares, causando obstrução.


  • A coledocolitíase pode ocorrer após a remoção da vesícula biliar?

    Sim, mesmo após a colecistectomia, pequenos cálculos remanescentes ou novos podem se formar no ducto biliar, resultando em coledocolitíase.


  • A coledocolitíase pode voltar após o tratamento?

    Sim, a coledocolitíase pode reaparecer se novos cálculos se formarem ou se houver algum cálculo residual no ducto biliar. A remoção da vesícula biliar pode reduzir, mas não elimina totalmente o risco.


  • Existe relação entre a coledocolitíase e infecções recorrentes no sistema biliar?

    Sim, a presença de cálculos nos ductos biliares aumenta o risco de infecções como a colangite, que é uma inflamação dos ductos biliares. Episódios de colangite podem se repetir se os cálculos não forem completamente removidos.




Cirurgião do Aparelho Digestivo | Dr. Guilherme Namur


A coledocolitíase é uma condição séria que
requer atenção médica imediata para evitar complicações graves como a pancreatite e infecções. Entender os sinais e procurar tratamento rapidamente pode ajudar a minimizar os efeitos a longo prazo.


Se você ou alguém próximo está já teve sintomas de coledocolitíase?


Assim, te convidamos a conhecer o
Dr. Guilherme Namur, Cirurgião do Aparelho Digestivo que une especialização na melhor universidade do país, rigor clínico e experiência cirúrgica em prol do bem-estar de pacientes. Agende sua consulta!

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Artigo escrito por

Dr. Guilherme Namur

Cirurgia do Aparelho Digestivo


O Dr. Guilherme Namur é Cirurgião do Aparelho Digestivo formado pela Faculdade de Medicina da USP, com residência em Cirurgia Geral e Digestiva pelo Hospital das Clínicas. Atua com foco no tratamento de cânceres do aparelho digestivo, especialmente em cirurgia pancreática de alta complexidade, além de ser referência em técnicas minimamente invasivas, como laparoscopia e cirurgia robótica, sempre aliado a um cuidado preciso e humanizado com seus pacientes.

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