Conheça as principais causas do desconforto estomacal
Atualizado no dia 21 de Outubro de 2021.
O estômago é o órgão responsável por preparar os alimentos por meio dos ácidos gástricos para a posterior digestão no intestino delgado. Quando há problemas no funcionamento desse processo, pode haver queixas de desconforto estomacal, que incluem sintomas como:
- Queimação;
- Dor abdominal;
- Sensação de indigestão;
- Peso no estômago.
Algumas condições clínicas que podem estar relacionadas ao desconforto estomacal são:
- Doenças causadas por excesso de ácido, como gastrite e úlcera;
- Doenças neoplásicas, como câncer do estômago;
- Problemas de esvaziamento gástrico, como a gastroparesia diabética e a dispepsia funcional.
A seguir, explicaremos com mais detalhes as principais causas do desconforto estomacal e como solucioná-lo. Confira!
O que pode causar desconforto estomacal?
Há diversos fatores que podem resultar no desconforto estomacal. Além das questões do sistema digestivo, existem outros gatilhos que também podem desencadear as dores no estômago. Confira as principais:
Gastrite e úlcera
As chamadas doenças pépticas – como gastrite e úlcera – são as causas mais comuns de desconforto estomacal. Seus sintomas incluem:
- Dor;
- Queimação no estômago;
- Sensação de empachamento (peso no estômago).
Apesar de não serem graves na maioria das vezes, essas doenças podem prejudicar bastante o bem-estar do paciente. A principal consequência é uma piora significativa na qualidade de vida do indivíduo.
Já a
úlcera péptica, ferida que acomete o revestimento interno no tubo digestivo superior, pode apresentar consequências mais graves, como
sangramentos e hemorragias digestivas.
Alimentação inadequada
A alimentação inadequada é outra possível causa do desconforto estomacal. Alimentos ultraprocessados, por exemplo, possuem grande quantidade de sódio e conservantes, componentes que irritam o estômago.
O mesmo acontece em relação aos refrigerantes. Por serem
bebidas bastante ácidas e gasosas, o seu consumo pode causar sensação de estômago cheio e eructação frequente.
Alimentos gordurosos ou a ingestão de grandes quantidades de comida podem causar desconforto, trazendo a sensação de peso no estômago. Isso acontece porque o esvaziamento é retardado para auxiliar na digestão.
Além dos alimentos, há alguns
hábitos alimentares que também contribuem para o surgimento do desconforto estomacal.
Por exemplo, comer muito rápido pode gerar má digestão, azia, queimação e inchaço na barriga.
Isso ocorre devido a falta de uma mastigação adequada do alimento, fazendo com que o aparelho digestivo tenha um esforço maior para deixá-lo pastoso durante a passagem pelo intestino.
Refluxo
O refluxo é outra causa possível do desconforto estomacal. Caracterizado pela regurgitação, isto é, pela volta do alimento ingerido, ele pode provocar:
- Dor no estômago;
- Azia;
- Sensação de queimação.
Alguns hábitos podem contribuir para a ocorrência de refluxo, tais como:
- Ingestão de bebidas alcoólicas, refrigerantes e café;
- Comer rapidamente;
- Jantar próximo ao horário de dormir.
Dispepsia funcional
A dispepsia, ou indigestão, é um distúrbio gástrico frequentemente associado aos maus hábitos alimentares e à dieta inadequada. Além disso, sedentarismo, ansiedade e infecção pela bactéria H. pylori são fatores que podem levar a uma piora no quadro do paciente com o distúrbio.
Essa condição engloba uma série de sintomas que causam desconforto estomacal, como:
- Dor abdominal;
- Sensação de estômago cheio;
- Enjoo;
- Eructações;
- Vômito.
Fatores emocionais
Questões emocionais, como o estresse, a ansiedade e o nervosismo também estão entre os fatores que podem causar o desconforto estomacal. Além de sintomas psicológicos e problemas cardiovasculares, a preocupação em excesso tende a afetar o sistema gastrointestinal.
Quando o indivíduo se encontra estressado, é possível que ele, de forma involuntária e inconsciente, canalize as emoções a um determinado órgão, sendo o estômago um deles.
Dessa forma, ocorrem alterações no funcionamento do sistema digestivo, além de mudanças nas substâncias gástricas produzidas e liberadas no organismo. Como consequência, há dificuldades no processo de digestão e o surgimento de inflamações na parede do estômago.
Automedicação
A automedicação também pode estar entre as causas do desconforto estomacal. Certas medicações, quando mal administradas, podem agravar quadros de infecções gastrointestinais ou alterar a funcionalidade do sistema digestivo.
Por exemplo, os anti-inflamatórios podem provocar azia e gastrite e, em casos mais graves, a úlcera gástrica. Isso ocorre pois alguns remédios dessa classe podem impedir a produção de prostaglandina, substância que regula a acidez do estômago.
Certos antibióticos também afetam o funcionamento do sistema digestivo. A medicação que combate bactérias infecciosas, pode alterar o equilíbrio do microbioma que compõe o organismo, levando aos desconfortos estomacais, como indigestão, dor abdominal e inchaço.
Como solucionar o desconforto estomacal?
Sentir um desconforto estomacal que desaparece em poucos dias é comum e todo mundo pode passar por isso. Contudo, quando o problema persiste, é fundamental procurar um médico para descobrir a causa.
Isso é importante porque doenças benignas (como a gastrite) e malignas (como o câncer) podem apresentar os mesmos sintomas. Além disso, alguns casos podem precisar de tratamentos específicos, como o refluxo. Então, é indispensável obter um diagnóstico preciso.
Para pacientes diabéticos, a consulta médica também é essencial, pois muitos remédios podem ocasionar desconforto estomacal. O diabetes também pode causar gastroparesia, que é um retardo do esvaziamento gástrico.
Existem também alguns hábitos saudáveis que podem ajudar a resolver o quadro. Alguns deles são:
- Evitar alimentos industrializados;
- Identificar quais alimentos causam desconforto, pois isso varia de pessoa para pessoa;
- Praticar atividade física para reduzir peso e amenizar a ansiedade, principalmente em casos de dispepsia funcional.
Caso os sintomas não melhorem com as mudanças no estilo de vida, é importante procurar um médico especialista para que ele possa analisar o quadro, realizar o diagnóstico e indicar o tratamento adequado.
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