Me formei em 2006 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), fiz residência em Cirurgia Geral e, posteriormente, em Cirurgia do Aparelho Digestivo no Hospital das Clínicas da FMUSP. Após o término da minha residência em 2011, me dediquei ao tratamento do Câncer do Aparelho Digestivo, atuando no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, sobretudo em Cirurgia Pancreática, uma área com procedimentos de alta complexidade em que o número de casos tratados tem impacto direto nas taxas de complicações dessas cirurgias. O estudo desses resultados é a minha linha de pesquisa dentro da Universidade e o tema do meu projeto de doutorado. Desde que iniciei meus estudos em Cirurgia Pancreática, grande parte da minha dedicação foi em cirurgia minimamente invasiva, ou seja, feita através de pequenos cortes, primeiramente por via laparoscópica e recentemente por meio de cirurgia robótica.
A cirurgia robótica é realizada por meio de uma plataforma de alta tecnologia , que apesar do nome, não realiza autônoma por um robô. A máquina apenas responde aos comandos do cirurgião, que fica ao lado da mesa do paciente para poder realizar o procedimento.
É por isso que a técnica também é chamada de cirurgia assistida por robô. Atualmente, existem duas plataformas robóticas no Brasil: “da Vinci Si®” e “da Vinci Xi®”, ambas produzidas pela Intuitive , uma empresa americana de alta tecnologia.
Além de ser um procedimento minimamente invasivo, a cirurgia robótica apresenta muitas vantagens em relação ao método laparoscópico convencional, como maior precisão e alto nível de segurança .
A seguir, você vai entender melhor como funciona a cirurgia robótica e quando ela é indicada em casos de problemas no aparelho digestivo. Confira!
Neste procedimento, o robô possui uma câmera que gera imagens 3D . Além disso, possui pinças articuladas capazes de executar movimentos com precisão superior à da mão humana. O equipamento é composto por três elementos:
Vale ressaltar que o robô não opera autonomamente, apenas recebe as ordens do cirurgião. Contudo, diante de qualquer imprevisto, o aparelho aciona um comando de segurança, interrompendo a máquina.
Como é um equipamento altamente sofisticado, apresenta importantes vantagens em relação à cirurgia aberta e à cirurgia laparoscópica convencional, como:
Por esses motivos, o robô é um excelente instrumento para cirurgias mais complexas , sendo indicado para diversas patologias, como as da área:
O aparelho digestivo é composto por diversos órgãos, como boca, faringe, esôfago, estômago, intestino, pâncreas, fígado e ânus. Esse sistema pode ser acometido por várias patologias, como:
Por ser um sistema de alta complexidade, o aparelho digestivo pode ser bastante beneficiado com a cirurgia robótica. A técnica é indicada sobretudo para casos de câncer, que pode ocorrer em diferentes órgãos, como pâncreas, estômago, esôfago e reto.
Além dos cânceres digestivos, a cirurgia robótica também é indicada para:
Como essas patologias exigem cirurgias muito complexas, o uso do robô contribui para conferir maior precisão ao procedimento.
No caso do câncer de pâncreas, por exemplo, é preciso realizar dissecções muito delicadas e reconstruções através de complexas com anastomoses. Assim, a opção pela cirurgia robótica se torna muito mais vantajosa do que a laparoscópica convencional.
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