Pâncreas e diabetes: existe relação?
Guilherme Namur • 27 de junho de 2023

Você já se perguntou se existe uma relação entre o pâncreas e a diabetes? A resposta é sim! Isso porque esse órgão desempenha um papel fundamental na produção de insulina no organismo, hormônio responsável por regular a glicemia. Quando há um desequilíbrio nesse processo, pode ocorrer a diabetes, uma doença crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.


No Brasil, a situação não é diferente, sendo o quinto país em incidência de diabetes no mundo. Por isso, é fundamental compreender melhor essa relação e os cuidados necessários para prevenção e controle da doença. 


Neste post, vamos abordar de forma mais detalhada essa conexão e como manter a saúde do pâncreas em dia. Acompanhe!


Qual a função do pâncreas?

Antes de falarmos sobre pâncreas e diabetes, especificamente, vamos começar explicando as funções principais desse órgão, são elas:


  • Endócrina: produz insulina para o corpo visando o controle do nível de glicemia no sangue;
  • Exócrina: produz as enzimas necessárias para a correta digestão e absorção de alimentos.


Além disso, essa glândula (que tem entre 15 e 25 cm de extensão) integra os sistemas digestivo e o endócrino do corpo, sendo anatomicamente dividido em três regiões: 


  • Cabeça; 
  • Corpo;
  • Cauda.


Qual a relação do pâncreas e diabetes?

Com isso, podemos já adentrar na questão principal do artigo: a relação entre pâncreas e diabetes. E a verdade é que existe uma correlação entre a doença e o órgão de duas maneiras distintas. Afinal, existem dois tipos de diabetes: tipo 1 e tipo 2, e a relação do pâncreas com cada um deles é diferente. 


No diabetes tipo 1, o pâncreas não produz insulina suficiente ou nenhuma insulina, o que impede que o hormônio entre nas células do corpo. Já no diabetes tipo 2, o pâncreas produz insulina, mas o corpo não responde adequadamente a ela, resultando em altos níveis de açúcar no sangue. 


É importante entender a relação entre o pâncreas e os diferentes tipos de diabetes para tomar medidas preventivas e gerenciar a condição.


Leia também: entenda quais são os fatores de risco para o câncer de pâncreas


Diabetes e desenvolvimento do câncer de pâncreas: existe relação?

Além dos impactos do diabetes na produção de insulina, há uma relação entre essa doença e o câncer de pâncreas. De acordo com estudos, o risco de desenvolver câncer nessa região é maior nos primeiros três anos após o diagnóstico de diabetes, mas ainda é importante manter a atenção mesmo após esse período.


Por isso, a prevenção é fundamental. É necessário adotar hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos e uma alimentação balanceada, que ajudem a controlar a glicemia e promovam a saúde do pâncreas. 


Além disso, é importante fazer consultas regulares com um médico e seguir suas orientações para prevenir ou tratar tanto o diabetes quanto o câncer de pâncreas.


Saiba mais: quais são os sintomas do câncer de pâncreas


Conclusão

Como vimos, pâncreas e diabetes são assuntos intimamente relacionados. A disfunção constante e agravada do primeiro pode levar ao surgimento do segundo — algo que é muito influenciado pelo estilo de vida de cada pessoa.


Acontece que, além dessa condição, esse tipo de disfunção agrava o risco de desenvolvimento do câncer de pâncreas. E isso exige muito mais cuidados do que as medidas preventivas que citamos anteriormente.


Importante destacar que você tem a possibilidade de protagonizar um combate efetivo contra ambas as doenças, além de favorecer o funcionamento otimizado do órgão.


Caso esteja à procura de mais informações sobre assuntos relacionados ao tema, continue de olho em nosso blog para mais dicas e novidades!

Artigo escrito por

Dr. Guilherme Namur

Cirurgia do Aparelho Digestivo


O Dr. Guilherme Namur é Cirurgião do Aparelho Digestivo formado pela Faculdade de Medicina da USP, com residência em Cirurgia Geral e Digestiva pelo Hospital das Clínicas. Atua com foco no tratamento de cânceres do aparelho digestivo, especialmente em cirurgia pancreática de alta complexidade, além de ser referência em técnicas minimamente invasivas, como laparoscopia e cirurgia robótica, sempre aliado a um cuidado preciso e humanizado com seus pacientes.

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