Câncer colorretal é o nome dado aos tumores que têm origem no intestino grosso e reto, a parte final do sistema digestivo. É possível prevenir esse tipo de doença? Para responder a esta e outras questões, como os exames mais comuns , criamos este artigo. Acompanhe!
O que sabemos
O câncer colorretal é mais frequente em adultos, principalmente entre 40 e 60 anos. Existem alguns fatores de risco que contribuem para seu surgimento e os 4 principais são:
- Hereditariedade: história familiar de câncer colorretal aumenta as chances de ter essa doença, sobretudo quando o parentesco é de 1º grau;
- Alimentação: em especial, dietas ricas em carne, gordura animal, alimentos ultraprocessados. Além disso, dietas pobres em frutas, vegetais e outras fontes de fibras (todos ótimos aliados do bom trânsito intestinal);
- Síndromes Genéticas : embora raras, algumas síndromes genéticas, como polipose adenomatosa familiar ou Síndrome de Lynch, têm altíssima incidência dessas neoplasias;
- Sedentarismo e vícios: outros fatores de risco são obesidade, falta de exercícios físicos e o consumo de drogas, como álcool e cigarro.
Quais os sintomas?
A doença é muito frequente e atinge pessoas independente do gênero. O INCA estimou que em 2020 ocorreram 40.990 novos casos no Brasil , divididos quase meio a meio entre homens (20.520) e mulheres (20.470).
Entre os sintomas principais estão o sangramento nas fezes, perda de peso e anemia, mudança de hábito intestinal (geralmente constipação ou diarreia) e inchaço abdominal. Porém, um ponto importantíssimo é que em fase inicial a doença costuma ser assintomática , por isso o rastreamento ativo é muito importante .
Quais são os exames necessários para prevenção do câncer colorretal e quando eles devem ser realizados?
O rastreamento do câncer colorretal deve começar aos 45 anos de idade para pacientes sem antecedentes familiares dessa neoplasia e em pacientes com parentes de 1º grau com a doença , o rastreamento inicia-se aos 35 anos de idade ou então 10 anos antes do caso índice da família , o que for mais precoce:
Pesquisa de sangue oculto nas fezes e sigmoidoscopia:
O rastreamento pode ser realizado com exame de sangue oculto anualmente associado a retossigmoidoscopia a cada 5 anos .
Colonoscopia
Esse exame tem a capacidade de avaliar toda a mucosa do cólon e, portanto, identificar pólipos em todo órgão. A colonoscopia deve ser repetida a cada 10 anos , salvo em casos com múltiplos pólipos ou então com algum pólipo de alto risco, como aqueles com displasia de alto grau ou adenomas serrilhados, que exigem um controle precoce .
Melhor prevenção
Tenha em mente que o diagnóstico precoce é o seu maior aliado contra essa doença, já que é possível a prevenção do câncer colorretal , combinando-se exames regulares, atenção ao histórico familiar e hábitos saudáveis. Deseja informações ou tirar outras dúvidas? Então, acesse a nossa Central Educativa para mais conteúdos como esse!
Artigo escrito por
Dr. Guilherme Namur
Cirurgia do Aparelho Digestivo
O Dr. Guilherme Namur é Cirurgião do Aparelho Digestivo formado pela Faculdade de Medicina da USP, com residência em Cirurgia Geral e Digestiva pelo Hospital das Clínicas. Atua com foco no tratamento de cânceres do aparelho digestivo, especialmente em cirurgia pancreática de alta complexidade, além de ser referência em técnicas minimamente invasivas, como laparoscopia e cirurgia robótica, sempre aliado a um cuidado preciso e humanizado com seus pacientes.