Me formei em 2006 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), fiz residência em Cirurgia Geral e, posteriormente, em Cirurgia do Aparelho Digestivo no Hospital das Clínicas da FMUSP. Após o término da minha residência em 2011, me dediquei ao tratamento do Câncer do Aparelho Digestivo, atuando no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, sobretudo em Cirurgia Pancreática, uma área com procedimentos de alta complexidade em que o número de casos tratados tem impacto direto nas taxas de complicações dessas cirurgias. O estudo desses resultados é a minha linha de pesquisa dentro da Universidade e o tema do meu projeto de doutorado. Desde que iniciei meus estudos em Cirurgia Pancreática, grande parte da minha dedicação foi em cirurgia minimamente invasiva, ou seja, feita através de pequenos cortes, primeiramente por via laparoscópica e recentemente por meio de cirurgia robótica.
Você sabe o que é a cirurgia de hérnia umbilical?
Essa condição tem origem ainda
durante as primeiras semanas de vida de uma pessoa, quando não ocorre a formação adequada de uma cicatriz após a queda do cordão umbilical.
Normalmente, essas hérnias
desaparecem de forma espontânea logo nos dois primeiros anos de uma criança. No entanto, em algumas pessoas, essa abertura da parede abdominal
permanece aberta durante a vida.
Devido a esforços abdominais intensos ou excesso de peso, pode ocorrer um
abaulamento
do conteúdo do interior do abdômen, causando dores ao paciente. Nesse cenário, a cirurgia de hérnia umbilical
mostra-se como a melhor solução para resolver esse problema.
Nesse artigo, vamos discorrer sobre o que é e quando a cirurgia de hérnia umbilical pode ser indicada. Siga a leitura!
A cirurgia de hérnia umbilical é um procedimento de baixa complexidade. O principal objetivo da técnica é corrigir o defeito na parede abdominal, podendo ser realizada de duas maneiras: cirurgia via aberta ou minimamente invasiva.
A maioria dos casos é tratado por cirurgia aberta, com uma incisão dentro da própria cicatriz umbilical, o que torna o resultado funcional e estético bastante satisfatório.
Telas de reforço somente são utilizadas em hérnias grandes, com colo maior do que 2 cm. A via minimamente invasiva é utilizada preferencialmente em hérnias muito grandes, sobretudo em pacientes obesos, pois, nestes casos não é possível a correção do defeito através de uma incisão pequena.
O pós-operatório de uma cirurgia de hérnia umbilical requer alguns cuidados básicos. Geralmente, o paciente recebe alta do hospital no mesmo dia ou no dia seguinte ao da operação.
A recomendação principal é que o paciente mantenha repouso em casa durante dois ou três dias. Após esse período, as atividades do cotidiano, que exigem um esforço mínimo, podem ser mantidas, porém o retorno aos exercícios físicos deve ocorrer gradativamente, de 2 a 3 semanas após o procedimento.
Esforços extremos somente devem ser exercidos após 6 semanas da cirurgia.
Nas primeiras semanas, muitos pacientes se queixam de
desconforto na ferida operatória, o que pode ser resolvido através do
uso de analgésicos simples. Além desse sintoma,
quadros de inchaço ou hematoma no abdômen não são infrequentes.
Apesar da segurança das cirurgias,
algumas pessoas são predispostas a terem recidivas após sua realização. Portanto, é muito importante que o paciente
redobre cuidados e evite uma rotina intensa de atividades que exijam muito esforço da musculatura do abdômen.
A cirurgia de hérnia umbilical é indicada para adultos com as seguintes características:
Pacientes com defeitos mínimos na região da cicatriz umbilical, absolutamente assintomáticos, podem ser apenas acompanhados.
Se apresentar sintomas na cicatriz umbilical, como dor ou abaulamento, procure seu médico.
Um cirurgião do aparelho digestivo poderá diagnosticar a doença corretamente e indicar a cirurgia de hérnia umbilical caso necessário.
Restou alguma dúvida sobre o assunto? Entre em
contato com o Dr. Guilherme Namur e agende a sua consulta!