Conviver com a hérnia inguinal não é fácil. Embora muitas vezes seja um problema assintomático, esse abaulamento do conteúdo abdominal pelo canal inguinal pode causar dor na área afetada e bastante desconforto.
Independente de apresentar sintomas, as hérnias inguinais devem ser sempre corrigidas, porque podem apresentar complicações a longo prazo.
Então, nos acompanhe nesta leitura e entenda, em detalhes, como funciona esse procedimento!
Como é a preparação para a cirurgia de hérnia inguinal?
O abaulamento da hérnia inguinal pode causar desconforto e dores na região. Esses sintomas só melhoram com a correção do problema.
Hérnias inguinais, mesmo que assintomáticas, precisam ser corrigidas, pois, a longo prazo, a maioria dos pacientes apresenta complicações, especialmente pacientes idosos.
Todos os pacientes com sintomas precisam ser operados o mais brevemente possível, porque podem apresentar encarceramento da hérnia, ou seja, o conteúdo fica preso, o que leva a prejuízo da vascularização do conteúdo da hérnia e configura uma emergência cirúrgica.
Enquanto quem tem uma hérnia diagnosticada aguarda a cirurgia, alguns cuidados podem ser tomados para evitar complicações:
- evitar carregar peso;
- evitar a prática de atividades que causem dor local.
O uso de cintas especiais não é recomendado. Elas costumam causar ainda mais desconforto em decorrência da pressão que exercem no corpo.
Hérnia inguinal: como é a cirurgia?
Entre as cirurgias gerais, a de correção das hérnias está entre as mais praticadas no Brasil.
Existem duas vias de acesso para realizar a cirurgia de hérnia. O primeiro deles é o convencional — também conhecido como aberto — e é mais invasivo por exigir incisões maiores.
Já a segunda via é conhecida como minimamente invasiva. Nela, as incisões são menores e o tempo de recuperação do paciente tende a ser mais rápido. Além disso, o resultado estético é melhor.
Em comum, ambas fazem uso de anestesia geral e, geralmente, o paciente já tem alta em até 24 horas após a realização da cirurgia de hérnia inguinal.
Em ambos os métodos, o defeito herniário é corrigido com telas cirúrgicas que são similares a redes plásticas e que evitam o aumento de tensão no local da cirurgia.
Hérnia Inguinal: como é o pós-operatório?
Finalizada a cirurgia de hérnia inguinal, o pós-operatório deve ser cumprido à risca para garantir a plena recuperação.
O primeiro ponto já destacamos: não havendo nenhum imprevisto, é possível ter alta do hospital em até 24 horas após a realização do procedimento. Além disso, não existem restrições de movimento — exceto com relação a carregar peso.
Se não houver desconforto ou dores locais, a pessoa pode retomar aos poucos a sua rotina normalmente.
Nos primeiros dias, o repouso relativo é recomendado e o uso de analgésicos pode ser indicado caso ocorram episódios de dor e desconforto na área da cirurgia.
Também não é indicado nenhum tipo de dieta específica para o pós-operatório.
Vale observar que o tempo de recuperação varia para cada indivíduo. Para uma avaliação mais precisa, o paciente deve retornar ao médico, alguns dias após a cirurgia de hérnia inguinal, para avaliar em quanto tempo certas atividades (como exercícios físicos) podem ser reintroduzidas no dia a dia.
Como exemplo: atividades que requerem um levantamento de peso, como halterofilismo, podem ser retomadas apenas algumas semanas após a cirurgia. Todo caso deve ser discutido diretamente com o seu médico especialista.
Como saber se o seu desconforto é causado por uma hérnia?
Passar por uma avaliação médica é determinante para o diagnóstico correto. Como destacamos, o método menos invasivo da cirurgia de hérnia inguinal permite uma recuperação mais rápida e com melhor resultado estético. Ainda que não seja sintomática, a única forma de tratar uma hérnia é por meio do procedimento cirúrgico.
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Artigo escrito por
Dr. Guilherme Namur
Cirurgia do Aparelho Digestivo
O Dr. Guilherme Namur é Cirurgião do Aparelho Digestivo formado pela Faculdade de Medicina da USP, com residência em Cirurgia Geral e Digestiva pelo Hospital das Clínicas. Atua com foco no tratamento de cânceres do aparelho digestivo, especialmente em cirurgia pancreática de alta complexidade, além de ser referência em técnicas minimamente invasivas, como laparoscopia e cirurgia robótica, sempre aliado a um cuidado preciso e humanizado com seus pacientes.