A cirurgia para hemorroida (hemorroidectomia) é apenas um dentre os possíveis tratamentos para a doença. 

Casos simples dispensam a operação e podem ser tratados com pomadas e medicamentos orais, porém, quadros mais graves podem levar à cirurgia. Tudo depende do diagnóstico médico e da situação clínica do paciente. 

Para que você possa entender quando a hemorroidectomia é indicada, separamos abaixo informações bem importantes, como os fatores avaliados pelo médico para definir a gravidade da lesão e o método usado para o procedimento cirúrgico. Acompanhe.

Hemorroidectomia: quando é necessária? 

A cirurgia para hemorroidas não é necessária em todos os casos. Pelo contrário, ela é feita em quadros graves, com sintomas recorrentes e intensos. 

Ela se torna uma opção mais adequada quando o prolapso das hemorroidas incomoda muito o paciente, ou seja, quando o tecido dessa região do ânus é externada com frequência. 

A presença de trombose hemorroidária (coágulo dentro das hemorroidas) também é fator decisivo para a cirurgia, já que ela desperta crises com dores intensas. 

Outro fator avaliado para indicar a hemorroidectomia é a eficácia dos remédios e medidas preventivas. Quando eles param de surtir efeito, resta ao médico realizar a cirurgia de correção. 

Veja outros fatores que são levados em consideração para definir a necessidade da hemorroidectomia:

• falhas ou dificuldades para seguir com tratamento clínico; 
• hemorróidas externas com trombose por repetição;
• hemorróidas internas em que a ligadura elástica é insuficiente ou contraindicada; 
• prolapso que afetam a qualidade de vida;
• sangramentos persistentes;
• inchaço frequente após evacuações;
• necrose; 
• dores crônicas; 

Lembrando que quando há controle clínico da hemorroida, a cirurgia é descartada. Portanto, se você sofre com a presença de hemorroidas, não deixe de realizar acompanhamento médico antes que seja necessário realizar a operação. 

Hemorroidectomia como é feita? 

A cirurgia pode consistir na remoção das hemorróidas (hemorroidectomia), ou no processo de fixação dos mamilos no reto, para que não haja mais prolapso (enteropexia).

Vale destacar que hoje existem técnicas minimamente invasivas, feitas com o uso de dispositivos médicos como grampeadores cirúrgicos para evitar a necessidade de suturas e oferecer melhor recuperação, com menos dor no pós-operatório, mas a indicação da melhor técnica depende de cuidadosa avaliação médica.

No procedimento, o paciente geralmente recebe raquianestesia. A técnica consiste em um bloqueio da medula espinhal por anestésicos locais. Associado a ela, é feita a sedação para conforto do paciente. 

Como é o preparo para a cirurgia? 

Em geral, a hemorroidectomia não exige qualquer preparo especial, apenas observar o jejum de 8 horas para alimentos sólidos e duas horas para líquidos claros, como água e isotônicos.

O procedimento é quase sempre realizado no esquema de hospital-dia. Isso significa que o paciente é internado, preparado para o procedimento, realiza o mesmo e recebe alta no mesmo dia. 

Como é a recuperação do paciente? 

A recuperação leva em média duas semanas, mas é comum que o paciente sinta-se totalmente recuperado após um intervalo de 3 a 6 semanas. 

Medidas de cuidado local também são importantes e necessárias, como manter a região sempre limpa. Também é recomendado a estimulação intestinal, seja por meio de uma dieta especializada ou pelo uso de laxantes. 

Se houver dor intensa, medicamentos analgésicos podem ser ministrados para controle do desconforto. Sangramentos também podem ocorrer, especialmente em hemorroidas muito grandes. 

Procure um médico e avalie a necessidade da cirurgia 

Ao longo deste artigo você pôde entender mais sobre a hemorroidectomia e suas principais indicações médicas. 

Contudo, é ideal buscar orientação de um especialista para definir a gravidade do quadro e a necessidade da cirurgia.

Se você sente desconfortos causados pela hemorróida, agende sua consulta com o Dr. Guilherme Namur, especialista e cirurgião de condições no aparelho digestivo.