Me formei em 2006 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), fiz residência em Cirurgia Geral e, posteriormente, em Cirurgia do Aparelho Digestivo no Hospital das Clínicas da FMUSP. Após o término da minha residência em 2011, me dediquei ao tratamento do Câncer do Aparelho Digestivo, atuando no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, sobretudo em Cirurgia Pancreática, uma área com procedimentos de alta complexidade em que o número de casos tratados tem impacto direto nas taxas de complicações dessas cirurgias. O estudo desses resultados é a minha linha de pesquisa dentro da Universidade e o tema do meu projeto de doutorado. Desde que iniciei meus estudos em Cirurgia Pancreática, grande parte da minha dedicação foi em cirurgia minimamente invasiva, ou seja, feita através de pequenos cortes, primeiramente por via laparoscópica e recentemente por meio de cirurgia robótica.
Os
tratamentos para câncer de pâncreas são feitos de acordo com o estágio de desenvolvimento da doença.
Por isso, é importante saber mais sobre as etapas de progressão do câncer de pâncreas. Assim, em conjunto com um profissional de sua confiança, é possível optar por aquele que reúna melhores condições de sucesso. Saiba mais!
De maneira geral, o câncer de pâncreas pode ser classificado em 4 estágios diferentes, do menos para o mais grave. Saiba quais são eles:
O estágio da doença pode ser determinado através do exame de tomografia computadorizada ou ressonância magnética do abdômen.
Existe um marcador tumoral chamado CA 19-9 que também é bastante importante. Quando ele está muito elevado, maior do que 1000 U/mL há muita chance de o paciente apresentar metástases, mesmo que elas não sejam visualizadas em exames de tomografia.
O tratamento depende do estágio da doença. Os pacientes com tumores ressecáveis devem ir direto para a cirurgia, para remoção da lesão. Após a cirurgia, há pelo menos 3 estudos muito importantes que mostram que a quimioterapia no pós operatório aumenta a sobrevida dos pacientes, por isso, algumas semanas após a cirurgia, quando o paciente está totalmente recuperado, é iniciado o tratamento adjuvante com quimioterapia por 6 meses.
O tratamento dos pacientes que já apresentam metástases tem por objetivo o
controle dos sintomas da doença. As quimioterapias mais novas têm boas taxas de resposta, o que ajuda muito no controle dos sintomas, sobretudo a dor e também
aumentam bastante a expectativa de vida desses pacientes.
Para fazer a quimioterapia é importante obter uma biópsia do tumor, o que pode ser feito de forma minimamente invasiva, por meio de punção guiada por tomografia ou ultrassonografia endoscópica.
Os pacientes com tumor localmente avançado, não podem ser operados de princípio, porque não é possível remover todo o tumor. Nestes casos, também é realizado biópsia do tumor e o paciente recebe quimioterapia para tentar controlar a doença.
Recentemente, com a melhora dos esquemas de quimioterapia, principalmente aqueles com várias medicações como o FOLFIRINOX, há alguns pacientes que apresentam diminuição tão importante da lesão, que os tumores tornam-se ressecáveis. Esses pacientes são submetidos então a uma
cirurgia de resgate , com chance inclusive de cura da doença.
Os pacientes com os tumores limítrofes para ressecção (borderline) são aqueles mais estudados hoje em dia. Atualmente, a grande parte desses pacientes recebe quimioterapia por 12 a 16 semanas antes de serem operados, o que é conhecido como neoadjuvância. Isso tem aumentado a taxa de sucesso das cirurgias e é a
grande novidade entre os tratamentos para câncer de pâncreas nos últimos 5 anos.
As cirurgias para tratamento do Câncer do Pâncreas podem ser feitas por via minimamente invasiva, ou seja, através de pequenas incisões na pele, mas isso depende alguns fatores, principalmente a localização do tumor e a proximidade ou invasão de estruturas vasculares importantes.
Caso tenha dúvidas sobre os
tratamentos para câncer de pâncreas, entre em contato conosco! Será ótimo poder te ajudar. 🙂