Os diferentes tipos de câncer de intestino se manifestam de formas distintas, assim como o diagnóstico preciso (e antecipado) é determinante para a melhor abordagem e tratamento.
Neste post vamos falar mais sobre cada um deles, para que você entenda melhor sobre o assunto e possa compreender quais são as principais abordagens terapêuticas para cada um dos tipos de câncer de intestino. Confira!
Tipos de câncer de intestino
O Inca (Instituto Nacional de Câncer) calcula que ocorram, em média, 40 mil casos de câncer colorretal por ano no Brasil. Por isso, é fundamental saber como a doença surge e quais são os diferentes tipos de câncer de intestino para um rápido diagnóstico e tratamento.
Veja quais são!
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Adenocarcinoma do cólon
Tipo de tumor maligno capaz de se manifestar em diferentes setores do trato digestivo, inclusive no cólon e reto, onde é a neoplasia maligna mais frequente. No começo a doença raramente tem sintomas, que quando ocorrem geralmente estão associados a estágios mais avançados do câncer. A grande maioria dos adenocarcinomas origina-se em um pólipo. Acredita-se que desde o surgimento do pólipo até a transformação em adenocarcinoma podem-se transcorrer 10 anos.
Tumores estromais gastrointestinais (GIST)
É um tipo raro de câncer de intestino originado nas células de Cajal, — responsáveis pela regulação do trato digestivo — e têm, no geral, características moleculares bem específicas, os alvos das abordagens terapêuticas.
Linfomas
A doença afeta as células do sistema linfático localizadas no intestino grosso. Ao contrário dos outros tumores malignos do intestino, raramente é necessária cirurgia para tratamento dessa doença.
Melanoma
Melanomas localizados na mucosa intestinal são raros de acontecer e tendem a acumular características e prognósticos distintos dos melanomas mais conhecidos e comuns na epiderme. No trato digestivo sua localização mais frequente é o reto e ânus.
Tumores neuroendócrinos
A doença se manifesta nas células neuroendócrinas que ficam no intestino grosso. Esses tumores podem produzir hormônios que causam sintomas muito específicos, como rash cutâneo, taquicardia e diarréia.
Leiomiossarcomas
Leiomiossarcomas são tipos de câncer de intestino que se originam nas células do músculo liso que faz parte do intestino grosso. São extremamente raros.
Sintomas e diagnóstico
Em geral, todos os tipos de tumores malignos do intestino não apresentam sintomas nos estágios intestinais. Com a evolução do tumor, desconfortos podem ser percebidos, como diarréia, dores abdominais, gases e cólicas, além da perda de peso sem razão evidente, além de anemia e cansaço crônico.
Mas é justamente esse avançar silencioso da doença que demanda uma atenção preventiva. A colonoscopia de rastreio, nesses casos, é o exame mais indicado e passa a ser recomendada com regularidade quando as pessoas atingem 45 anos de idade.
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Fatores de risco e prevenção
Os principais fatores de risco para o adenocarcinoma do cólon e reto são:
- histórico familiar;
- consumo exagerado de carnes processadas, como embutidos;
- consumo elevado de carne vermelha;
- sedentarismo;
- obesidade;
- tabagismo.
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O câncer colorretal é um pouco mais frequente em homens, e normalmente afeta pessoas com mais de 50 anos, no entanto a incidência dessa doença em pessoas cada vez mais jovens tem aumentado, sobretudo em pacientes com histórico de doença na família. Algumas síndromes hereditárias, como polipomatose familiar ou a doença inflamatória intestinal, aumentam em muito a ocorrência de câncer colorretal.
O câncer colorretal é das neoplasias malignas que mais mata atualmente. Não existem sintomas que permitam o diagnóstico nas fases iniciais da doença, por isso é fundamental avaliação médica para determinar a necessidade de exames de rastreamento, como a colonoscopia.
Para saber mais sobre o assunto é sempre importante consultar um especialista. Aproveite para checar como anda o seu atual estado de saúde e
agende uma consulta!
Artigo escrito por
Dr. Guilherme Namur
Cirurgia do Aparelho Digestivo
O Dr. Guilherme Namur é Cirurgião do Aparelho Digestivo formado pela Faculdade de Medicina da USP, com residência em Cirurgia Geral e Digestiva pelo Hospital das Clínicas. Atua com foco no tratamento de cânceres do aparelho digestivo, especialmente em cirurgia pancreática de alta complexidade, além de ser referência em técnicas minimamente invasivas, como laparoscopia e cirurgia robótica, sempre aliado a um cuidado preciso e humanizado com seus pacientes.