Me formei em 2006 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), fiz residência em Cirurgia Geral e, posteriormente, em Cirurgia do Aparelho Digestivo no Hospital das Clínicas da FMUSP. Após o término da minha residência em 2011, me dediquei ao tratamento do Câncer do Aparelho Digestivo, atuando no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, sobretudo em Cirurgia Pancreática, uma área com procedimentos de alta complexidade em que o número de casos tratados tem impacto direto nas taxas de complicações dessas cirurgias. O estudo desses resultados é a minha linha de pesquisa dentro da Universidade e o tema do meu projeto de doutorado. Desde que iniciei meus estudos em Cirurgia Pancreática, grande parte da minha dedicação foi em cirurgia minimamente invasiva, ou seja, feita através de pequenos cortes, primeiramente por via laparoscópica e recentemente por meio de cirurgia robótica.
Os diferentes tipos de câncer de intestino se manifestam de formas distintas, assim como o diagnóstico preciso (e antecipado) é determinante para a melhor abordagem e tratamento.
Neste post vamos falar mais sobre cada um deles, para que você entenda melhor sobre o assunto e possa compreender quais são as principais abordagens terapêuticas para cada um dos tipos de câncer de intestino. Confira!
O Inca (Instituto Nacional de Câncer) calcula que ocorram, em média, 40 mil casos de câncer colorretal por ano no Brasil. Por isso, é fundamental saber como a doença surge e quais são os diferentes tipos de câncer de intestino para um rápido diagnóstico e tratamento.
Veja quais são!
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Tipo de tumor maligno capaz de se manifestar em diferentes setores do trato digestivo, inclusive no cólon e reto, onde é a neoplasia maligna mais frequente. No começo a doença raramente tem sintomas, que quando ocorrem geralmente estão associados a estágios mais avançados do câncer. A grande maioria dos adenocarcinomas origina-se em um pólipo. Acredita-se que desde o surgimento do pólipo até a transformação em adenocarcinoma podem-se transcorrer 10 anos.
É um tipo raro de câncer de intestino originado nas células de Cajal, — responsáveis pela regulação do trato digestivo — e têm, no geral, características moleculares bem específicas, os alvos das abordagens terapêuticas.
A doença afeta as células do sistema linfático localizadas no intestino grosso. Ao contrário dos outros tumores malignos do intestino, raramente é necessária cirurgia para tratamento dessa doença.
Melanomas localizados na mucosa intestinal são raros de acontecer e tendem a acumular características e prognósticos distintos dos melanomas mais conhecidos e comuns na epiderme. No trato digestivo sua localização mais frequente é o reto e ânus.
A doença se manifesta nas células neuroendócrinas que ficam no intestino grosso. Esses tumores podem produzir hormônios que causam sintomas muito específicos, como rash cutâneo, taquicardia e diarréia.
Leiomiossarcomas são tipos de câncer de intestino que se originam nas células do músculo liso que faz parte do intestino grosso. São extremamente raros.
Em geral, todos os tipos de tumores malignos do intestino não apresentam sintomas nos estágios intestinais. Com a evolução do tumor, desconfortos podem ser percebidos, como diarréia, dores abdominais, gases e cólicas, além da perda de peso sem razão evidente, além de anemia e cansaço crônico.
Mas é justamente esse avançar silencioso da doença que demanda uma atenção preventiva. A colonoscopia de rastreio, nesses casos, é o exame mais indicado e passa a ser recomendada com regularidade quando as pessoas atingem 45 anos de idade.
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Os principais fatores de risco para o adenocarcinoma do cólon e reto são:
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O câncer colorretal é um pouco mais frequente em homens, e normalmente afeta pessoas com mais de 50 anos, no entanto a incidência dessa doença em pessoas cada vez mais jovens tem aumentado, sobretudo em pacientes com histórico de doença na família. Algumas síndromes hereditárias, como polipomatose familiar ou a doença inflamatória intestinal, aumentam em muito a ocorrência de câncer colorretal.
O câncer colorretal é das neoplasias malignas que mais mata atualmente. Não existem sintomas que permitam o diagnóstico nas fases iniciais da doença, por isso é fundamental avaliação médica para determinar a necessidade de exames de rastreamento, como a colonoscopia.
Para saber mais sobre o assunto é sempre importante consultar um especialista. Aproveite para checar como anda o seu atual estado de saúde e
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